Patente Intitulada Biomassa nutracêutica isenta de glúten elaborada com o bagaço do pedúnculo do caju desidratado suplementado com Pisum sativum e Manihot esculenta é publicada em parceria com o PPGB-UnP
 

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Patente Intitulada Biomassa nutracêutica isenta de glúten elaborada com o bagaço do pedúnculo do caju desidratado suplementado com Pisum sativum e Manihot esculenta é publicada em parceria com o PPGB-UnP

13 / Maio / 2025

setor industrial alimentício gera grandes quantidades de resíduos provenientes de seus processamentos ocasionando descarte orgânico que é fonte de contaminação ambiental. Desta forma, a presente pesquisa está inserida no setor biotecnológico e se apresenta como uma alternativa eficaz no desenvolvimento de novos produtos alimentícios que minimizam impacto ambiental, possibilitam o desenvolvimento de novos produtos em substituição à farinha de trigo, e ampliam a oferta de alimentos para celíacos. A Profa. Dra. Amália Rêgo, coordenadora do PPGB-UnP, destaca que uma das linhas do PPGB-UnP consiste em desenvolver pesquisas que contribuam com estudos biotecnológicos voltados para o meio ambiente, e reforça a importância da ampliação das parcerias do PPGB-UnP com outras instituições do país, favorecendo troca de experiências e disponibilização de resultados para a sociedade e o setor industrial.

A pesquisa desenvolvida em parceria com o Programa de Pós-graduação em
Biotecnologia da UnP, sob orientação dos professores Dra. Maria Aparecida
Medeiros Maciel (PPGB-UnP) e Dr. Efrain Pantaleón Matamoros (PPgCTI-
UFRN), está inserida na área dos alimentos nutracêuticos isentos de glúten, e
se refere ao aproveitamento do bagaço do pedúnculo caju (pseudofruto) da
espécie vegetal Anacardium occidentale Linn., popularmente conhecida como
cajueiro.
Esta patente faz parte da Dissertação de Mestrado de Ionne Martins
Soares Dantas, egressa do Programa de Pós-graduação em Ciência,
Tecnologia e Inovação da UFRN. Além dos pesquisadores citados,
participaram deste estudo, Rosildo da Silva, doutorando do Programa de Pós-
graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP) e Dr.
Leonardo Bruno Aragão de Araujo, egresso do Mestrado do PPGB-UnP e do
Doutorado do PPGB-Rede Renorbio (UFRN).

O presente invento está registrado no Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI) sob número BR102024005566-7. De forma abrangente, é
conhecido que o desenvolvimento biotecnológico de novos produtos
alimentícios de origem vegetal, consiste no aprimoramento de processos e
métodos nos quais matérias primas regionais que detém grande valor
agronômico.

Nesta perspectiva, o referido invento consiste no desenvolvimento de uma
nova linha de produtos elaborados à base do rejeito orgânico bagaço do
pedúnculo caju suplementado com outros vegetais como ervilha (Pisum
sativum) e macaxeira (Manihot esculenta), com ênfase na produção de
hamburger isento de glúten, com característica vegetariana.
A biomassaprecursora foi denominada CajuNutriMeat, e nutricionalmente contém: sais
minerais, proteínas, carboidratos, lipídeos e fitocomponentes. O invento
BR102024005566-7, desenvolvido em parceria com o PPGB-UnP, poderá atrair
investidores para o desenvolvimento de produtos elaborados com a nova
biomassa CajuNutriMeat e, consequentemente, contribui com o aproveitamento
de um rejeito orgânico amplamente produzido na região Nordeste do Brasil, e
expande as opções de fabricação de produtos isentos de glúten valorizando o
setor econômico nacional de forma sustentável.


As características sensoriais do hamburger CajuNutriMeat foram avaliadas na
UnP com 64 provadores, com resultado de aceitação estatística na ordem
84,4%. De acordo com os achados, o produto CajuNutriMeat pode ser
considerado adequado para a produção de alimento vegetariano isento de
glúten. A equipe enfatiza que a doença celíaca está vinculada a uma
enteropatia imunomediada presente em indivíduos susceptíveis a reação
adversa pela ingestão de glúten, uma proteína presente na farinha de trigo e
em diversos cereais. O indivíduo celíaco não pode ingerir alimento que
contenha glúten porque esta proteína provoca alteração na mucosa do intestino
delgado, dificultando a absorção de macro e micronutrientes. Mundialmente, o

setor industrial alimentício gera grandes quantidades de resíduos provenientes
de seus processamentos ocasionando descarte orgânico que é fonte de
contaminação ambiental.

Desta forma, a presente pesquisa está inserida no setor biotecnológico e se
apresenta como uma alternativa eficaz no desenvolvimento de novos produtos
alimentícios que minimizam impacto ambiental, possibilitam o desenvolvimento
de novos produtos em substituição à farinha de trigo, e ampliam a oferta de
alimentos para celíacos.

A Profa. Dra. Amália Rêgo, coordenadora do PPGB-UnP, destaca que uma das
linhas do PPGB-UnP consiste em desenvolver pesquisas que contribuam com
estudos biotecnológicos voltados para o meio ambiente, e reforça a importância
da ampliação das parcerias do PPGB-UnP com outras instituições do país,
favorecendo troca de experiências e disponibilização de resultados para a
sociedade e o setor industrial.