Novo estudo in vitro sobre Alcaloide Eritralina extraído da árvore nativa do nordeste brasileiro foi publicado no International Journal of Molecular Sciences.
15 / Maio / 2025

O professor Dr. Ricardo Cobucci, do Programa de Pós-graduação em
Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP), em colaboração com
pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
publicou um estudo inovador no prestigiado periódico International Journal
of Molecular Sciences, indexado no PubMed com fator de impacto de 4,9.
Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP), em colaboração com
pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
publicou um estudo inovador no prestigiado periódico International Journal
of Molecular Sciences, indexado no PubMed com fator de impacto de 4,9.
Intitulado “Apoptosis and G2/M Phase Cell Cycle Arrest Induced by Alkaloid
Erythraline Isolated from Erythrina velutina in SiHa Cervical Cancer Cells”. O
artigo revela o potencial do alcaloide eritralina, extraído das folhas da
árvore nativa do nordeste brasileiro Erythrina velutina (conhecida como
mulungu), como uma promissora terapia anticâncer para o câncer cervical,
que afeta mais de 600 mil mulheres anualmente em todo o mundo.
Erythraline Isolated from Erythrina velutina in SiHa Cervical Cancer Cells”. O
artigo revela o potencial do alcaloide eritralina, extraído das folhas da
árvore nativa do nordeste brasileiro Erythrina velutina (conhecida como
mulungu), como uma promissora terapia anticâncer para o câncer cervical,
que afeta mais de 600 mil mulheres anualmente em todo o mundo.
Liderada pela Profa. Dra. Janaina Cristiana de Oliveira Crispim, da UFRN, a
pesquisa caracterizou a fração enriquecida de alcaloides das folhas de
Erythrina velutina por meio de Cromatografia Gasosa acoplada à
Espectrometria de Massas (GC-MS), identificando seis alcaloides, incluindo a
eritralina. O estudo avaliou os efeitos da eritralina em células SiHa de
câncer cervical, demonstrando que o composto induz apoptose (morte
celular programada) de forma independente de caspases e promove parada
no ciclo celular na fase G2/M, com 22% das células tratadas nesta fase em
comparação com 7,25% nos controles não tratados.
“O câncer cervical é uma das principais causas de morte entre mulheres
globalmente, e as terapias atuais frequentemente apresentam limitações,
como baixa eficácia em casos avançados e efeitos colaterais significativos”,
explica o Prof. Ricardo Cobucci, coautor do estudo. “A eritralina, por sua
capacidade de induzir apoptose e interromper o ciclo celular sem afetar
significativamente células saudáveis, como demonstrado em testes com
células mononucleares do sangue periférico (PBMCs), surge como uma
candidata promissora para o desenvolvimento de novos tratamentos.”
A análise in silico identificou alvos moleculares potenciais da eritralina,
incluindo oxidase de poliaminas (PAO), piruvato quinase M2 (PKM2) e
tanquirase (TANK), que estão associados ao metabolismo tumoral e à
proliferação celular. Esses achados sugerem que a eritralina pode atuar em
múltiplas vias celulares, ampliando seu potencial terapêutico. Contudo, os
autores destacam a necessidade de estudos adicionais, incluindo testes in
vivo e avaliação da atividade antiviral contra o papilomavírus humano
(HPV), para confirmar a eficácia e segurança do composto.
Financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), a pesquisa reforça o compromisso com a inovação
científica e o combate ao câncer. “Estamos entusiasmados em contribuir
para o avanço do conhecimento sobre o câncer cervical e explorar o
potencial de compostos naturais do bioma Caatinga, como os encontrados
na Erythrina velutina”, afirma o Prof. Ricardo Cobucci.
O artigo está disponível para acesso aberto no site da revista.