Revisão Sistemática é publicada no períodico International Journal of Molecular Sciences.
 

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Revisão Sistemática é publicada no períodico International Journal of Molecular Sciences.

13 / Maio / 2025

O professor Dr. Ricardo Cobucci do Programa de Pós-graduação em
Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP) em parceria com
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) publicaram um estudo inovador no períodico International
Journal of Molecular Sciences, revista indexada no PubMed com fator
de impacto de 4,9.
A pesquisa, intitulada “Exosomal MicroRNAs as
Epigenetic Biomarkers for Endometriosis: A Systematic Review and
Bioinformatics Analysis”, revela avanços significativos na
identificação de biomarcadores epigenéticos para o diagnóstico
precoce da endometriose, uma condição que afeta cerca de 190
milhões de mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo.

A Revisão sistemática sob liderança da Profa. Dra. Janaina Cristiana
de Oliveira Crispim, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
analisou 12 estudos de caso-controle, envolvendo 191 mulheres com
endometriose confirmada e 169 controles saudáveis. A equipe
identificou 668 microRNAs exossomais com expressão
significativamente alterada em pacientes com endometriose,
destacando miR-22-3p, miR-320a, miR-320b e miR-1273g-3p em
amostras de soro, e miR-200c-3p e miR-425-5p em tecidos
endometriais. A análise bioinformática revelou que esses microRNAs
estão associados a vias de sinalização cruciais, como PI3K/Akt, MAPK
e TGF-β, relacionadas à proliferação celular, migração e inflamação.
A endometriose, caracterizada pelo crescimento de tecido
endometrial fora do útero, apresenta desafios diagnósticos devido a
sintomas inespecíficos e à necessidade de procedimentos invasivos,
como a laparoscopia. Os microRNAs exossomais são estáveis no
sangue e resistentes à degradação, o que os torna candidatos
promissores para biomarcadores não invasivos”, explica o Prof.
Ricardo Cobucci. “Nosso estudo aponta caminhos para diagnósticos
mais precoces, reduzindo a dependência de cirurgias e melhorando a
qualidade de vida das pacientes.

Apesar dos resultados promissores, os autores destacam a
necessidade de validação em coortes maiores e mais diversas para
confirmar a aplicabilidade clínica desses biomarcadores. A
variabilidade nos padrões de expressão dos microRNAs entre os
estudos reforça a importância de métodos padronizados.

A pesquisa, financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES), reflete o compromisso com a
inovação científica e a saúde da mulher. Estamos orgulhosos de
contribuir para o avanço do conhecimento sobre a endometriose, uma
condição que impacta milhões de vidas”, afirma o Prof. Ricardo
Cobucci, coautor do estudo.

O artigo está disponível para acesso aberto no site da revista, através
desse link.