Projeto literário
 

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Projeto literário

7 / Dezembro / 2021

A aluna Erika Veras, da 6ª série do curso de Letras, desenvolveu entre os dias 11 e 25 de novembro um projeto literário com estudantes do 3º ano do Ensino Médio do Centro de Ensino Elias das Chagas Bitencourt, localizado em Maranhãozinho-MA, cidade natal da estudante.

Uma pesquisa realizada pela universitária, mostrou que havia uma ideia de que a Literatura estaria a serviço da Gramática, devido às propostas dos livros didáticos e as concepções de Língua Portuguesa adotada pelos professores. Assim, surgiu a sua proposta de envolver os alunos do pré-vestibular para apresentar, de forma contemporânea, cânones da Literatura Brasileira (especificamente, da escola Realista). Desse modo, segundo ela, cada grupo teve a missão de contar a história de livros de maneira lúdica por meio de perfis no Instagram e playlists de músicas.

Primeiro foram estudadas as características do movimento presentes na música contemporânea e os alunos elaboraram playlists realistas. Depois as duas turmas foram divididas em 12 grupos e cada um recebeu um livro: Dom Casmurro, Madame Bovary, Memórias Póstumas de Brás Cubas, O crime do Padre Amaro, O Primo Basílio, Os Maias e Quincas Borba. A missão de cada um era estudar suas respectivas histórias (usamos adaptações cinematográficas e televisivas, HQs e as obras condensadas), escolher um personagem delas e criar um Instagram para ele (isso envolveu gravações de stories e ensaios fotográficos), dessa forma contando a obra através dos posts e suas legendas.

Como objetivo final, Erika cita que foi atingir o público externo da escola e gerar interesse pelos autores, ressaltando que isso de fato acabou acontecendo. Além disso, ela finaliza dizendo como foi – pessoalmente -, elaborar este projeto. “Todo o processo foi muito gratificante. Enxergar o empenho dos alunos nas tarefas e, em muitos casos eles entregarem mais coisas do que eu pedi, foi imensamente prazeroso”.

O projeto foi concluído com a exposição das fotos dos ensaios com uma mostra no pátio da escola. Ver cada aluno respondendo as perguntas do público sobre a história e defender seus pontos de vista, permitiu a Érika concluir que seu objetivo foi alcançado. “As tentativas de convencimento aos apreciadores das imagens de que Capitu não traiu Bentinho foram o auge para mim”, conclui bem-humorada.