Pesquisadores do Rio Grande do Norte desenvolveram um biofilme cicatrizante tendo como base quitosana e um extrato obtido das cascas da sacaca (Croton cajucara BENTH). O produto já tem o reconhecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e se encontra em processo de patenteamento.

Os idealizadores da pesquisa, Prof. Dr. Eduardo Pereira de Azevedo e Profa. Dra. Maria Aparecida Medeiros Maciel, fazem parte do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB-UnP) explicam que, após a aplicação do produto, as densidades de vasos sanguíneos foram consideravelmente maiores com melhoria da neovascularização.

Cicatrização eficiente

“Os resultados da pesquisa comprovam que ocorreu processo de cicatrização eficiente, com elevada neovascularização e densidade de fibroblastos e colágeno, nos grupos de animais tratados com o biofilme vegetal”, explica o Prof. Eduardo.

A equipe está comemorando a importante conquista e já iniciou a busca por incentivo industrial no intuito de ter o nanobiofilme licenciado por uma empresa do setor farmacêutico.

Próximas etapas

Profa. Aparecida destaca que após a etapa da anuência da Anvisa aguarda-se a concessão da patente via INPI, que nesta fase do processo emite a Carta Patente, além disso, outras etapas são necessárias até que o produto seja comercializado.

O estudo descritivo do produto fitoterapêutico encontra-se depositado no INPI sob código BR1020180684477, sob o título “Biofilme cicatrizante desenvolvido a base de quitosana e extrato hidroalcoólico de Croton cajucara BENTH solubilizado em nanoemulsão”.

Equipe e colaboração

Esta patente faz parte do egresso Igor Flávio Batista Martins que se titulou como mestre no programa PPGB-UnP sob orientação do Prof. Eduardo, co-orientação da Profa. Maria Aparecida e colaboração dos professores Dr. Irami Araújo Filho (PPGB-UnP), Tarciso Bruno Montenegro Sampaio (UnP), Magnaldo Inácio Tavares Medeiros (UnP) e Keyla Borges Ferreira Rocha (UFRN).