O desenvolvimento científico e tecnológico é uma necessidade no campo da saúde, pois a construção, avaliação e o registro de produtos inovadores contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população.

Com o intuito de produzir uma tecnologia educacional acessível para a população, possibilitando contribuir para a identificação da doença; a educação em saúde; a disseminação de informações; os diálogos com a comunidade e a construção de conhecimentos que possibilitem a superação dessa problemática, o aluno do curso de Mestrado Profissional, Fernando Albuerne, sob orientação do professor Dr. Fausto Pierdoná Guzen do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar, e coorientação do professor Dr. Ildone Forte de Morais, da UFERSA, desenvolveu o projeto “Desenvolvimento e validação de software educativo Cardite game”.

A cardiopatia reumática crônica (CRC) é uma complicação tardia não supurativa, que ocorre duas a quatro semanas após uma faringoamigdalite aguda. Os dados epidemiológicos apontam que a cardite reumática é uma questão de saúde pública e está frequentemente associada à pobreza e às más condições de vida. De acordo com a projeção do modelo epidemiológico da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 2% das mortes por doenças cardiovasculares no mundo estão relacionadas à CRC.

Diante desse cenário, é uma doença que precisa de ações preventivas, pois os custos financeiros para o Sistema Único de Saúde são cada vez mais crescentes. Isso demanda atividades que ultrapassem as questões assistenciais. Para tanto, há estratégias potentes para contribuir para a identificação dessa doença, como a educação em saúde; a disseminação de informações; os diálogos com a comunidade e a construção de conhecimentos que possibilitem a superação dessa problemática.

O produto registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob número  BR512025000966-6, traz uma contribuição inovadora ao utilizar a tecnologia digital como uma estratégia aliada da saúde na comunidade, estimulando processos educacionais emancipatórios para o desenvolvimento de comportamentos saudáveis e a compreensão de uma doença que é negligenciada, mas que merece atenção das autoridades sanitárias no enfretamento de suas sequelas, que geram volumes significativos de recursos públicos e privados para o tratamento de suas sequelas.